sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Doces memórias de uma câmera fotográfica VI

Quando chegamos à entrada da cidade, numa rotatória (ou rotunda...) com um monumento com o nome da cidade e um belo jardim, tudo muito bem iluminado, resolvemos parar para esperar pelo carro. A moto já ia encostando-se à calçada, já parando quando de repente... Cadê o chão?? Compramos um belo terreno em St. Möritz. Só me lembro de ver que o Túlio estava encostando e depois... o chão. Felizmente não machucamos. O Túlio ficou com o pé preso debaixo da Inga e teve uma luxação. Eu tive apenas um pequeno hematoma na minha supercoxa robótica. Mas o engraçado é lembrar da Sandra, amiga da Kátia e agora, nossa também, tentado levantar a Inga sozinha. Dois rapazes que passaram primeiro pela moto pararam e nos ajudaram prontamente junto com a família do Túlio que também chegou rapidamente. Refeitos do susto, fomos procurar hospedagem nos hotéis da pequena cidade bonitinha com duas estrelas que o Túlio achou no mapa. Após pesquisar os três primeiros hotéis que tinham diárias entre 200 e 400 euros, foi ai que descobrimos onde estávamos!! Simplesmente na mais cara estação de esqui da Europa!! Dava pra desconfiar quando entramos na cidade e eu observei as lojas: Armani, Diesel, Chanel Golce&Gabbana.... Ora, essas lojas aqui??!! - Eu inocentemente imaginava. Não tinha jeito, precisávamos dormir naquela cidade, então a Kátia conseguiu um super desconto e pagamos a diária de 128 euros num super hotel com direito a madames desfilando com seus poodles de quase um metro de altura metricamente penteados cheios de pompom.... Pois é, eles existem e estão lá em St. Möritz. Como o Túlio e eu somos os felizes proprietários de um terreno na mais cara estação de esqui da Europa, todos estão convidados a passar uma temporada lá.... rsrsrsrs.... O hotel era um show, mas como o restaurante já estava fechado, fizemos um delicioso lanche no quarto da mãe do Túlio, depois um banho bem quente, massagem no pé do Túlio para melhorar o inchaço e cama. Combinamos de aproveitar muito bem aquela diária e só sair do hotel no fechamento. Na manhã seguinte, acordei cedo para ir ao banheiro. O quarto estava escuro, com as cortinas fechadas, já que a parede de acesso à varanda é toda de vidro. Deixamos apenas uma pequena janela aberta, pois o quarto estava muito quente, mesmo com o aquecimento no mínimo. Quando levantei dei uma olhada para a janela, ainda sonolenta. Minha esperança era que a chuva tivesse passado. Mas na janela havia algo estranho. "Será que a chuva não passou e ainda aumentou?" Eu pensei. Fui chegando perto, mais perto e eu não acreditei.... "Amor!! Tá nevando!!!!" Eu chamei o Túlio, que levantou rapidamente e abriu a janela. Agora imaginem a cena: Eu do lado da cama pulando e cantando "Ta nevando! Ta nevando! Ta nevando! E o Túlio sentado na cama olhando para fora, sério e pensando: Agora ferrou de vez! Como a gente vai sair daqui?!!"

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